domingo, 10 de agosto de 2008

Para o meu coração...(Pablo Neruda)

Para o meu coração basta o teu peito,
Para a tua liberdade as minhas asas.
Da minha boca chegará até ao céu
O que dormia sobre a sua alma.

És em ti a ilusão de cada dia.
Como o orvalho tu chegas ás corolas.
Minas o horizonte com a tua ausência
Eternamente em fuga como a onda.

Acolhedora como um velho caminho
Povoam - te ecos e vozes nostálgicas.
Eu acordei e ás vezes emigram e fogem
Pássaros que dormiam na tua alma.

Eu disse que no vento ias cantando
Como os pinheiro e como o s mastros.
Como eles tu és alma e taciturna
E ficas logo triste, como uma viagem.